domingo, 29 de abril de 2012

Resenha: Black Book - Marcos Garcia




E mais uma vez, chega até nós o CRUSHING AXES, com seu novo trabalho, ‘Black Book’, em uma amostra de um trabalho que transita livremente entre o Black Metal, o Death Metal com influência de Música Clássica sem pudores e sem medo de ousar, que atribui ao trabalho uma identidade bem própria.


A produção sonora está um pouco melhor que em seu trabalho anterior, ‘Ascension of Ules’, do ano passado, e a música continua em grande forma, embora mais evoluída, um pouco mais trabalhada e seca, e a capa é bem simples, mas consensual com o conteúdo lírico (a temática é conceitual, narrando a estória de um guerreiro que tem a sua vila atacada, e para salvar sua família, é obrigado a matar uma besta, e realizar um ritual. O tema não é inédito, mas rende bons frutos mais uma vez).

O disco em si é bem homogêneo no tocante às músicas, tornando a audição do início ao fim obrigatória para se ter noção da qualidade que Alex, a mente pensante mentora do CRUSHING AXES tem para mostrar.

O CD abre com a curta e bruta ‘SkullCrusher’, onde vê-se um ótimo trabalho nas guitarras e bateria. Em seguida, temos outra faixa bem curta, ‘Barbaric Ways’, essa um pouco mais lenta e trabalhada que a anterior, mantendo um clima denso bem forte, especialmente durante o solo de guitarra, os mesmos elementos encontrados na próxima faixa, ‘Castle of Bones’. Em ‘Burning Land’, que inicia mais moderada na velocidade, já temos de volta o clima mais pesado e denso, embora com vários ‘inserts’ velozes. ‘Last Man Standing’ começa com batidas mais tribais (no sentido europeu, por favor), em uma faixa mais lenta, inclusive com um belo momento de violão. ‘Farewell’ começa com guitarras limpas e baixo não tão pesado, para dar lugar à uma música mais emotiva e densa, com clima soturno e melancólico, com as guitarras mostrando excelentes riffs e solos. Em ‘Good Day for Killing’, uma faixa mais trabalhada e forte, temos peso e brutalidade, mas com velocidade amena. ‘Nights of Sorrow’ tem um início com baixo e bateria acompanhados de violão, para logo dar surgir guitarras limpas e vocais mais normais, como se retratando um momento de reflexão do personagem da estória contada, e o clima ameno se estende até seu final. Notas gordurosas do baixo permeiam ‘Scream’ até quase seu final, onde entram guitarras e bateria, como se para introduzir ‘Evil Out of the Cage’, uma faixa não tão veloz, mas brutal e pesada, tal qual ‘Holyground’, também bem intensa. ‘Finale’, a maior faixa do disco e que o encerra, se inicia com teclados soturnos, temos uma faixa bem trabalhada e firme, que faz o ouvinte começar a ouvir o disco mais uma vez, já que ele não é enjoativo de forma alguma, e até mesmo econômico no tocante ao tempo de duração, o que não martiriza ouvidos cansados e paciências quase nulas.

Mais um bom trabalho que pode ser baixado no blog da banda, e que venha logo o terceiro.

Fonte: Black Book - Crushing Axes - Resenhas de CDs http://whiplash.net/materias/cds/150604-crushingaxes.html#ixzz1tTiDWAPW

Autor: Marcos Garcia

Resenha: Black Book - Vitor Franceschini


Alexandre Rodrigues retorna com mais um álbum do Crushing Axes e seu Death Metal experimental. Para quem não conhece, esta é uma one-man-band que produz discos anualmente e disponibiliza para download (confira a página da banda no Facebook: http://www.facebook.com/pages/Crushing-Axes/211284495588490).

Nota: 8


Desde 2008 desenvolvendo este trabalho, o Crushing Axes mostra grande evolução a cada petardo lançado. “Black Book” demonstra evolução, principalmente, na produção e uma dose extra de peso nas faixas, deixando de lado o excesso de experimentos incluídos no álbum anterior “Ascension Of Ules”.

São doze composições pesadas, sujas e épicas ao mesmo tempo. O interessante fica por conta de, mesmo com um clima épico, as faixas não serem longas, muito pelo contrário. SkullCrusher que abre o disco, tem menos de um minuto, mas passa a mensagem tranquilamente. O que chama atenção e também é característico nos discos do Crushing Axes é a forte ligação que uma faixa possui com a outra, parecendo muitas vezes que há uma composição variada em um só disco (não confunda com homogeneidade).

Last Man Standing traz à tona as influências de Doom Metal que a banda sempre teve e mostra o amadurecimento de Alexandre como compositor. Belos riffs, levada cadenciada e bom trabalho de cozinha. Vale destacar que os vocais estão cada vez mais lembrando os de Marcão (ex-Genocídio). Dando continuidade às influências Doom, Farewell, demonstra também o lado mais gótico, ainda com os vocais cavernosos e arranjos bem elaborados.

A experimentação de fato aparece em Nights Of Sorrow. A música tem um violão dedilhado como arranjo aliado a vocais melancolicamente limpos. A composição só não soa mais acessível, porque é extremamente triste, porém muito bela. Evil Out Of The Cage traz de volta o Death Metal com incursões de riffs mais tradicionais. Finale fecha o trabalho com seus 7 minutos de duração. A música resume bem o que é o som do Crushing Axes, ou seja, de difícil digestão, mas se for bem saboreado tem um bom gosto.

Fonte: Black Book - Crushing Axes - Resenhas de CDs http://whiplash.net/materias/cds/149016-crushingaxes.html#ixzz1tThpXah1

Autor: Vitor Franceschini 

Resenha: Black Book - Ben Ami Scopinho


Tendo como idealizador Alexandre Rodrigues, o Crushing Axes vem se caracterizando entre os headbangers por ser uma típica ‘banda-de-um-homem-só’ da cidade paulista de São José dos Campos. Em plena atividade desde 2008, “Black Book” é seu quinto trabalho e mostra uma contínua evolução ao explorar várias das facetas mais extremas do Heavy Metal.


Ainda que o Crushing Axes siga uma abordagem mais direta e crua em relação a “Ascension Of Ules” (11), a versatilidade persiste em função da forma como se explora vários dos recursos do Viking, Doom e Death Metal. Esta linha de atuação garante um repertório denso, obscuro e por vezes introspectivo, mas sem se distanciar de suas raízes, que, de uma forma ou outra, continuam incutindo um tom épico a várias composições.

Novamente optou-se em narrar uma estória, que agora gira em torno de um guerreiro cuja vila é atacada, sendo obrigado a matar uma criatura e realizar um ritual para salvar sua família. A minimalista “SkullCrusher”, a arrastadona “Last Man Standing”, a distorcida “Good Day for Killing” e a melancolia saudável de “Nights Of Sorrow”, aqui cantada sem a característica cavernosa da voz de Alexandre, podem ser considerados os destaques de “Black Book”.

Com a falta de verba rondando qualquer banda independente, é fato que o áudio não seja perfeito, mas percebe-se uma clara melhora que reflete de forma positiva, especialmente no campo vocal. E assim como os outros registros, “Black Book” também está disponível para download no blog e MySpace do Crushing Axes. O público que aprecia músicas ríspidas e com aquele espírito meio viking, fica a sugestão em dar uma cuidadosa conferida neste projeto!

Fonte: Black Book - Crushing Axes - Resenhas de CDs http://whiplash.net/materias/cds/153117-crushingaxes.html#ixzz1tTh8fHYM

Autor: Ben Ami Scopinho